Nevilton
São Paulo, São Paulo, Brazil | Established. Jan 01, 2007 | SELF
Music
Press
por Henrique Gentil (Bolsista em programação musical da Rádio UFSCar)
Revisão: Sheila Castro
1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars
Dizem que não dá mais pra tirar um som original só com guitarra, baixo e bateria, mas uma coisa não se pode negar: o formato é bem eficaz. Talvez seja por causa dessa mentalidade que bandas como Nevilton são tão revigorantes: donos de um pop rock inteligentemente revestido em roupagem indie, o novo LP do trio paranaense é simplesmente contagiante. Rock honesto e sem firulas.
O que fica em evidência quando uma banda toca numa destas formações manjadas é a própria criatividade de seus membros, e isso Nevilton tem de sobra. Melodias que certamente vão grudar na sua cabeça marcam presença nos 44 minutos do álbum. É o primeiro LP de inéditas (já que o primeiro da banda, “De Verdade”, se encaixava mais na definição de “compilação” de EP’s passados).
Sacode! tem um sentimento de unidade bem mais forte que seu antecessor. Mais próximo dos temas “ensolarados” que tanto tem feito a cabeça das bandas independentes brasileiras, as músicas do disco são bem alto astral – embora de vez em quando as letras mais sentidas contrastem com a alegria radiante do álbum – A banda está mais afinada, sabendo muito bem como valorizar boas melodias – “Jardineiro” não me deixa mentir, é impossível não se pegar cantando o refrão logo de primeira.
Flertando perigosamente com o caxias em alguns momentos, Nevilton escapa da definição convicto de como as músicas são tocadas. É claro, algumas vezes a bola escapa, como nos backing vocalsexcessivamente caricatos de “Friozinho”. Mas quando Nevilton acerta, é pra valer: “Satisfação” começa com um riff bem groovado que aparenta ser o início de um rock n’ roll funkeado estilo Blood Sugar Sex Magik, até que o vocal entra na cara de pau com uma melodia de axé. O pior é que essa mistura funciona bizarramente bem, e é um dos maiores destaques de Sacode!.
Radiofônico do início ao fim, Nevilton tem um disco que pode agradar tanto o pessoal do mainstreamquanto a galera do rock alternativo, e ainda, sem parecer superproduzido ou superpensado. É um registro bem natural de canções pop de uma banda em sintonia com o rock alternativo da gringa (e, diga-se de passagem, bem melhor que os super hypados Japandroids). Tá na cara que os caras se divertem fazendo estas músicas e isso transborda nas composições.
A seguir, a lista de músicas que você escuta de segunda a sexta, às 9h45, na Rádio UFSCar.
segunda-feira
Crônica
Noite alta
terça-feira
Jardineiro
Até outra vez
Sacode
quarta-feira
Friozinho
Só pra dizer
Porcelana
quinta-feira
Vou ver o mar
Satisfação
sexta-feira
Bailinho particular
Espero que esteja melhor - Radio UFSCAR
por Henrique Gentil (Bolsista em programação musical da Rádio UFSCar)
Revisão: Sheila Castro
1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars
Dizem que não dá mais pra tirar um som original só com guitarra, baixo e bateria, mas uma coisa não se pode negar: o formato é bem eficaz. Talvez seja por causa dessa mentalidade que bandas como Nevilton são tão revigorantes: donos de um pop rock inteligentemente revestido em roupagem indie, o novo LP do trio paranaense é simplesmente contagiante. Rock honesto e sem firulas.
O que fica em evidência quando uma banda toca numa destas formações manjadas é a própria criatividade de seus membros, e isso Nevilton tem de sobra. Melodias que certamente vão grudar na sua cabeça marcam presença nos 44 minutos do álbum. É o primeiro LP de inéditas (já que o primeiro da banda, “De Verdade”, se encaixava mais na definição de “compilação” de EP’s passados).
Sacode! tem um sentimento de unidade bem mais forte que seu antecessor. Mais próximo dos temas “ensolarados” que tanto tem feito a cabeça das bandas independentes brasileiras, as músicas do disco são bem alto astral – embora de vez em quando as letras mais sentidas contrastem com a alegria radiante do álbum – A banda está mais afinada, sabendo muito bem como valorizar boas melodias – “Jardineiro” não me deixa mentir, é impossível não se pegar cantando o refrão logo de primeira.
Flertando perigosamente com o caxias em alguns momentos, Nevilton escapa da definição convicto de como as músicas são tocadas. É claro, algumas vezes a bola escapa, como nos backing vocalsexcessivamente caricatos de “Friozinho”. Mas quando Nevilton acerta, é pra valer: “Satisfação” começa com um riff bem groovado que aparenta ser o início de um rock n’ roll funkeado estilo Blood Sugar Sex Magik, até que o vocal entra na cara de pau com uma melodia de axé. O pior é que essa mistura funciona bizarramente bem, e é um dos maiores destaques de Sacode!.
Radiofônico do início ao fim, Nevilton tem um disco que pode agradar tanto o pessoal do mainstreamquanto a galera do rock alternativo, e ainda, sem parecer superproduzido ou superpensado. É um registro bem natural de canções pop de uma banda em sintonia com o rock alternativo da gringa (e, diga-se de passagem, bem melhor que os super hypados Japandroids). Tá na cara que os caras se divertem fazendo estas músicas e isso transborda nas composições.
A seguir, a lista de músicas que você escuta de segunda a sexta, às 9h45, na Rádio UFSCar.
segunda-feira
Crônica
Noite alta
terça-feira
Jardineiro
Até outra vez
Sacode
quarta-feira
Friozinho
Só pra dizer
Porcelana
quinta-feira
Vou ver o mar
Satisfação
sexta-feira
Bailinho particular
Espero que esteja melhor - Radio UFSCAR
Depois de lançar um elogiado EP e receber um Prêmio Multishow, o trio paranaense Nevilton não traz novidades em seu disco de estreia para quem já conhece a banda. Mas, aos não iniciados, o grupo faz as honras com 14 temas de guitarra, baixo e bateria bem mais interessantes do que os que costumam frequentar rádios e festivais. Sobressai a combinação do power pop dos anos 90 com a inspiração do rock brasileiro, unindo guitarras sujas e acentos melódicos. Há momentos familiares, como “Pressuposto”, que nasceu pronta para FMs, e “A Máscara”, quando salta a semelhança vocal de Nevilton com Nando Reis e uma levada com jeito de Skank. As influências, no entanto, ultrapassam barreiras e traçam um perfil próprio, como a garageira “Fortuna”, que se desenrola em uma bossa que foge da obviedade. Os melhores momentos estão em “Tempos de Maracujá”, “Bolo Espacial” e no quase rockabilly “Me Espere Menino Lobo” e seu solo virtuoso sem ser gratuito. Com letras espertas e boas melodias, as canções têm uma essência pop, felizmente sem a ingenuidade que converte em música infanto-juvenil parte do repertório do rock nacional. A banda peca na falta de produção e de um polimento, mas, para ouvidos cansados da mesmice, Nevilton entrega música de verdade. - Rolling Stone Brasil
Depois de lançar um elogiado EP e receber um Prêmio Multishow, o trio paranaense Nevilton não traz novidades em seu disco de estreia para quem já conhece a banda. Mas, aos não iniciados, o grupo faz as honras com 14 temas de guitarra, baixo e bateria bem mais interessantes do que os que costumam frequentar rádios e festivais. Sobressai a combinação do power pop dos anos 90 com a inspiração do rock brasileiro, unindo guitarras sujas e acentos melódicos. Há momentos familiares, como “Pressuposto”, que nasceu pronta para FMs, e “A Máscara”, quando salta a semelhança vocal de Nevilton com Nando Reis e uma levada com jeito de Skank. As influências, no entanto, ultrapassam barreiras e traçam um perfil próprio, como a garageira “Fortuna”, que se desenrola em uma bossa que foge da obviedade. Os melhores momentos estão em “Tempos de Maracujá”, “Bolo Espacial” e no quase rockabilly “Me Espere Menino Lobo” e seu solo virtuoso sem ser gratuito. Com letras espertas e boas melodias, as canções têm uma essência pop, felizmente sem a ingenuidade que converte em música infanto-juvenil parte do repertório do rock nacional. A banda peca na falta de produção e de um polimento, mas, para ouvidos cansados da mesmice, Nevilton entrega música de verdade. - Rolling Stone Brasil
Meu nome não é muito comum, então para uma banda até que poderia soar legal!", admite Nevilton de Alencar, vocalista, guitarrista e compositor do trio Nevilton, de Umuarama (PR). "Além de tocarmos minhas composições, talvez seja pelo fato de que sempre fui o mais envolvido com o funcionamento das minhas bandas", ele explica o batismo pouco usual do grupo. "Foi algo do tipo: 'Vai no seu nome, que provavelmente se a turma for desistindo você vai ser o último'."
A música produzida porele, Tiago "Lobão" Inforzato (baixo) e Fernando Livoni (bateria) é de definição difícil - uma forma mais alegre e urgente de BRock com pinceladasde jovem guarda e rock britânico, com arranjos bem elaborados, guitarras virtuosas e letras (em português) de fácil memorização. "Gosto do fato de estar ficando difícil pra rotular... demonstra que a síntese está acontecendo. Eu chamo de 'rock brasileiro'", Nevilton ri, demonstrando timidez longe do palco. De maneira inversa, a performance do grupo ao vivo é marcada pelo clima de festa dançante e acrobacias ensaiadas inspiradas por The Who, Led Zeppelin e MC5. "Minha mãe diz que eu era um bebê agitado e que acalmava quando fi cava no colinho dela ouvindo Gonzagão no vinil", brinca.
Mantenedor do site do grupo e de suas diversas linhas de guerrilha (MySpace, Orkut, TramaVirtual, YouTube, Flickr), Nevilton, 22, faz parte de uma geração de compositores que conviveu desde sempre com a internet e que encara a divulgação de seus projetos como parte integrante do processo criativo. "Em 1993, eu estaria gravando muitas fitas e escrevendo cartas... agora eu só posso fazer isso bem mais rápido!", compara. "Se não fosse a internet, meu universo se resumiria ao que eu vejo por aqui e nos livros que leio. Seria muito mais trabalhoso para eu conhecer o som dos Pixies, a obra do Chico Buarque, Tom Jobim ou da Graforréia Xilarmônica." Prestes a lançar o primeiro disco, gravado ao vivo em estúdio ("para manter a pegada dos shows") e mixado nos Estados Unidos, o trio se concentra na estratégia de marketing além dos ambientes virtuais: lançamento de singles colecionáveis em tiragens pequenas e a maior quantidade de shows possível fora do eixo paranaense. "Tocando por aí", o homem-banda comemora, "a gente vai vendendo uns discos, divertindo uma galera e fazendo novos amigos!" - Rolling Stone Brasil
Meu nome não é muito comum, então para uma banda até que poderia soar legal!", admite Nevilton de Alencar, vocalista, guitarrista e compositor do trio Nevilton, de Umuarama (PR). "Além de tocarmos minhas composições, talvez seja pelo fato de que sempre fui o mais envolvido com o funcionamento das minhas bandas", ele explica o batismo pouco usual do grupo. "Foi algo do tipo: 'Vai no seu nome, que provavelmente se a turma for desistindo você vai ser o último'."
A música produzida porele, Tiago "Lobão" Inforzato (baixo) e Fernando Livoni (bateria) é de definição difícil - uma forma mais alegre e urgente de BRock com pinceladasde jovem guarda e rock britânico, com arranjos bem elaborados, guitarras virtuosas e letras (em português) de fácil memorização. "Gosto do fato de estar ficando difícil pra rotular... demonstra que a síntese está acontecendo. Eu chamo de 'rock brasileiro'", Nevilton ri, demonstrando timidez longe do palco. De maneira inversa, a performance do grupo ao vivo é marcada pelo clima de festa dançante e acrobacias ensaiadas inspiradas por The Who, Led Zeppelin e MC5. "Minha mãe diz que eu era um bebê agitado e que acalmava quando fi cava no colinho dela ouvindo Gonzagão no vinil", brinca.
Mantenedor do site do grupo e de suas diversas linhas de guerrilha (MySpace, Orkut, TramaVirtual, YouTube, Flickr), Nevilton, 22, faz parte de uma geração de compositores que conviveu desde sempre com a internet e que encara a divulgação de seus projetos como parte integrante do processo criativo. "Em 1993, eu estaria gravando muitas fitas e escrevendo cartas... agora eu só posso fazer isso bem mais rápido!", compara. "Se não fosse a internet, meu universo se resumiria ao que eu vejo por aqui e nos livros que leio. Seria muito mais trabalhoso para eu conhecer o som dos Pixies, a obra do Chico Buarque, Tom Jobim ou da Graforréia Xilarmônica." Prestes a lançar o primeiro disco, gravado ao vivo em estúdio ("para manter a pegada dos shows") e mixado nos Estados Unidos, o trio se concentra na estratégia de marketing além dos ambientes virtuais: lançamento de singles colecionáveis em tiragens pequenas e a maior quantidade de shows possível fora do eixo paranaense. "Tocando por aí", o homem-banda comemora, "a gente vai vendendo uns discos, divertindo uma galera e fazendo novos amigos!" - Rolling Stone Brasil
Numa das quintas-feiras mais frias dos últimos 52 anos na cidade de São Paulo, Nevilton conseguiu reunir um bom número de corajosos na Choperia do Sesc Pompeia para celebrar o lançamento de “Sacode”, seu elogiado segundo álbum, numa noite que contava com participações especiais de Martin Mendonça (Agridoce) e Daniel Groove – e incluía a percussão de Michel Machado, que deu um colorido especial às canções.
À frente da festa, a dupla de guerreiros Nevilton de Alencar (guitarra e voz) e Tiago Lobão (baixo e vocais) enfrentava a dificuldade da perda, pela segunda vez, do baterista Éder Chapolla, que havia deixado o grupo poucos dias atrás. A dupla de Umuarama se concentrou nas novas canções e compensou a ausência do parceiro – que se não abalou nitidamente o ataque do grupo, prejudicou o quesito improvisação – com muita garra e ânimo.
Segurando as baquetas provisoriamente, o capixaba Bruno Castro (Pessoal da Nasa / Rajar) – que teve apenas uma semana para aprender todas as canções – cumpriu com louvor a função dando segurança para que Nevilton e Lobão exibissem ao vivo algumas festejadas canções do primeiro álbum, “De Verdade” (2001), e as 12 faixas de “Sacode”, álbum produzido por Carlos Eduardo Miranda, que conferiu peso, nitidez e punch às canções do grupo.
Ao vivo, canções fortes como “Crônica” e “Noite Alta” soam robustas, impecáveis, com os riffs fortes de guitarra cortando o ar, e conquistando o público. Martin Mendonça subiu ao palco para dividir riffs e vocais numa versão turbinada de “Vou Ver o Mar” enquanto “Porcelana”, talvez a melhor canção que Nevilton já escreveu (não à toa, uma sincera homenagem a seu avô), surgiu cristalina, empolgante, e deve (e vai) melhorar muito ainda ao vivo.
O pequeno público não decepcionou e sacudiu nas canções novas (a pegada funkeada de “Satisfação” caiu bem na noite gélida assim como a baladinha “Friozinho” serviu para os sortudos casais se aproximarem) e festejou “A Máscara”, “Tempos de Maracujá” e “O Morno”. O final, festeiro, trouxe “Bailinho Particular” (algo como Ramones encontra Luiz Gonzaga), fechando uma noite que demonstrou com nitidez o avanço musical de Nevilton.
Em um show que também deixou clara a preocupação da dupla de montar um espetáculo coeso (com direito a Tiago Lobão bancando – ainda que desajeitado – o mestre de cerimonias), Nevilton provou que consegue sair de situações adversas e empolgar. Fica a torcida para que a dupla consiga um grande novo baterista, pois “Sacode”, um dos grandes discos de 2013 (ouça aqui), precisa continuar ecoando pelas cidades do país. Encosta a mesa na parede, amigo. Nevilton quer espaço. E merece.
Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne - Scream & Yell
Numa das quintas-feiras mais frias dos últimos 52 anos na cidade de São Paulo, Nevilton conseguiu reunir um bom número de corajosos na Choperia do Sesc Pompeia para celebrar o lançamento de “Sacode”, seu elogiado segundo álbum, numa noite que contava com participações especiais de Martin Mendonça (Agridoce) e Daniel Groove – e incluía a percussão de Michel Machado, que deu um colorido especial às canções.
À frente da festa, a dupla de guerreiros Nevilton de Alencar (guitarra e voz) e Tiago Lobão (baixo e vocais) enfrentava a dificuldade da perda, pela segunda vez, do baterista Éder Chapolla, que havia deixado o grupo poucos dias atrás. A dupla de Umuarama se concentrou nas novas canções e compensou a ausência do parceiro – que se não abalou nitidamente o ataque do grupo, prejudicou o quesito improvisação – com muita garra e ânimo.
Segurando as baquetas provisoriamente, o capixaba Bruno Castro (Pessoal da Nasa / Rajar) – que teve apenas uma semana para aprender todas as canções – cumpriu com louvor a função dando segurança para que Nevilton e Lobão exibissem ao vivo algumas festejadas canções do primeiro álbum, “De Verdade” (2001), e as 12 faixas de “Sacode”, álbum produzido por Carlos Eduardo Miranda, que conferiu peso, nitidez e punch às canções do grupo.
Ao vivo, canções fortes como “Crônica” e “Noite Alta” soam robustas, impecáveis, com os riffs fortes de guitarra cortando o ar, e conquistando o público. Martin Mendonça subiu ao palco para dividir riffs e vocais numa versão turbinada de “Vou Ver o Mar” enquanto “Porcelana”, talvez a melhor canção que Nevilton já escreveu (não à toa, uma sincera homenagem a seu avô), surgiu cristalina, empolgante, e deve (e vai) melhorar muito ainda ao vivo.
O pequeno público não decepcionou e sacudiu nas canções novas (a pegada funkeada de “Satisfação” caiu bem na noite gélida assim como a baladinha “Friozinho” serviu para os sortudos casais se aproximarem) e festejou “A Máscara”, “Tempos de Maracujá” e “O Morno”. O final, festeiro, trouxe “Bailinho Particular” (algo como Ramones encontra Luiz Gonzaga), fechando uma noite que demonstrou com nitidez o avanço musical de Nevilton.
Em um show que também deixou clara a preocupação da dupla de montar um espetáculo coeso (com direito a Tiago Lobão bancando – ainda que desajeitado – o mestre de cerimonias), Nevilton provou que consegue sair de situações adversas e empolgar. Fica a torcida para que a dupla consiga um grande novo baterista, pois “Sacode”, um dos grandes discos de 2013 (ouça aqui), precisa continuar ecoando pelas cidades do país. Encosta a mesa na parede, amigo. Nevilton quer espaço. E merece.
Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne - Scream & Yell
Em 2011, ao lançar seu primeiro trabalho de fôlego após anos percorrendo o país na cena independente, os paranaenses da Nevilton surpreenderam com o pop-rock inteligente no disco “De Verdade”. Duas temporadas depois, Nevilton de Alencar (voz, guitarra e composições), Tiago Lobão (baixo) e Eder Chapolla (bateria) retornam ainda melhores com “Sacode”. Financiado por meio de um edital da Oi e com produção impecável de Carlos Eduardo Miranda e Tomás Magno, o álbum elimina os poucos excessos da estreia e investe em uma sonoridade roqueira, sem deixar a brasilidade e o lirismo de lado. É o caso de “Porcelana”, uma moda de viola com guitarras nervosas e refrão poderoso (”Ouça o queixar dessa insana / vida frágil, porcelana / trincando ao tocar o chão”), da balançada faixa-título, que soa como um Queens of the Stone Age de férias na praia, ou de “Noite Alta”, pop-rock cativante com vocal de inflexão caipira e um olho no despertador, outro na vida boa. Versátil, o trio tem potencial para atrair entusiastas de todas as faixas etárias. O moleque que acabou de comprar a primeira guitarra provavelmente vai se divertir com a ramonística “Bailinho Particular” e perceber que há vida além dos Black Keys com “Crônica”. Por outro lado, o tiozão barrigudo fã de Creedence se emocionará com a fofura de “Friozinho”, e ficará nostálgico com a dançante “Satisfação”, carregada pelo baixo portentoso de Lobão. Seja qual for a sua idade, fica aqui o conselho: desligue o celular, coloque “Sacode” para tocar e deixe a vida soprar no coração.
Preço em média: R$ 29
Nota: 9
Ouça aqui: http://www.nevilton.com.br/2013/03/sacode/
- Bruno Capelas (@noacapelas) é jornalista, escreve para o Scream & Yell desde 2010 e assina o blog Pergunte ao Pop. - Scream & Yell
Em 2011, ao lançar seu primeiro trabalho de fôlego após anos percorrendo o país na cena independente, os paranaenses da Nevilton surpreenderam com o pop-rock inteligente no disco “De Verdade”. Duas temporadas depois, Nevilton de Alencar (voz, guitarra e composições), Tiago Lobão (baixo) e Eder Chapolla (bateria) retornam ainda melhores com “Sacode”. Financiado por meio de um edital da Oi e com produção impecável de Carlos Eduardo Miranda e Tomás Magno, o álbum elimina os poucos excessos da estreia e investe em uma sonoridade roqueira, sem deixar a brasilidade e o lirismo de lado. É o caso de “Porcelana”, uma moda de viola com guitarras nervosas e refrão poderoso (”Ouça o queixar dessa insana / vida frágil, porcelana / trincando ao tocar o chão”), da balançada faixa-título, que soa como um Queens of the Stone Age de férias na praia, ou de “Noite Alta”, pop-rock cativante com vocal de inflexão caipira e um olho no despertador, outro na vida boa. Versátil, o trio tem potencial para atrair entusiastas de todas as faixas etárias. O moleque que acabou de comprar a primeira guitarra provavelmente vai se divertir com a ramonística “Bailinho Particular” e perceber que há vida além dos Black Keys com “Crônica”. Por outro lado, o tiozão barrigudo fã de Creedence se emocionará com a fofura de “Friozinho”, e ficará nostálgico com a dançante “Satisfação”, carregada pelo baixo portentoso de Lobão. Seja qual for a sua idade, fica aqui o conselho: desligue o celular, coloque “Sacode” para tocar e deixe a vida soprar no coração.
Preço em média: R$ 29
Nota: 9
Ouça aqui: http://www.nevilton.com.br/2013/03/sacode/
- Bruno Capelas (@noacapelas) é jornalista, escreve para o Scream & Yell desde 2010 e assina o blog Pergunte ao Pop. - Scream & Yell
O trio paranaense Nevilton terminou de gravar o seu segundo disco e disponibilizou-o ao público gratuitamente através da plataforma Rdio. Sacode! reúne 12 faixas inéditas da banda formada por Nevilton de Alencar (guitarra e voz), Tiago Lobão (baixo) e Eder Chapolla (bateria), e tem produção de Carlos Eduardo Miranda.
Veja como foi a visita do Nevilton ao Estúdio RS.
O álbum é o sucessor de De Verdade, primeiro LP do grupo, que com o clipe da faixa “Tempos de Maracujá” chegou a ser indicado ao Grammy Latino, em novembro do ano passado. Antes dele, o Nevilton estreou com o EP Pressuposto, considerado pela Rolling Stone Brasil uma das melhores novidades do ano de 2010.
O lançamento oficial de Sacode! acontece no dia 8 de março, mas até lá o público pode ouvir as faixas através do streaming: - Rolling Stone Brasil
O trio paranaense Nevilton terminou de gravar o seu segundo disco e disponibilizou-o ao público gratuitamente através da plataforma Rdio. Sacode! reúne 12 faixas inéditas da banda formada por Nevilton de Alencar (guitarra e voz), Tiago Lobão (baixo) e Eder Chapolla (bateria), e tem produção de Carlos Eduardo Miranda.
Veja como foi a visita do Nevilton ao Estúdio RS.
O álbum é o sucessor de De Verdade, primeiro LP do grupo, que com o clipe da faixa “Tempos de Maracujá” chegou a ser indicado ao Grammy Latino, em novembro do ano passado. Antes dele, o Nevilton estreou com o EP Pressuposto, considerado pela Rolling Stone Brasil uma das melhores novidades do ano de 2010.
O lançamento oficial de Sacode! acontece no dia 8 de março, mas até lá o público pode ouvir as faixas através do streaming: - Rolling Stone Brasil
"2º - Nevilton "O Morno"
Todos os recursos foram entrelaçados nesse arrasa-quarteirão de quatro minutos: batida ansiosa, estilo "para, recomeça", solos viscerais, nenhum refrão. "O Morno", uma crítica entusiasmada ao conformismo, soa como o tiro certeiro do trio de Umuarama (PR) em sua irrevogável escalada rumo a um lugar ao sol." - Rolling Stone Brasil
"2º - Nevilton "O Morno"
Todos os recursos foram entrelaçados nesse arrasa-quarteirão de quatro minutos: batida ansiosa, estilo "para, recomeça", solos viscerais, nenhum refrão. "O Morno", uma crítica entusiasmada ao conformismo, soa como o tiro certeiro do trio de Umuarama (PR) em sua irrevogável escalada rumo a um lugar ao sol." - Rolling Stone Brasil
Discography
2007 - Virtual EP - Como Dançar em Três Movimento
2007 - Virtual Single - Luz Demais pr'Eu Dormir
2007 - Virtual EP - S.I.M.
2010 - EP - Pressuposto
2011 - LP - De Verdade
2013 - LP - Sacode!
Photos
Bio
The Sao Paulo based singer-songwriter and guitarist, NEVILTON, Has been composing music professionally for over 7 years. Along with his musical confidant, Tiago Knoll, Nevilton has been presenting his material all throughout Brazil for quite sometime now, achieving his status as one of the most respected independent artist in his country.
Bringing an eclectic mix of indie rock and Brazilian music, Nevilton released an EP and two albums that had thousands of download, had distributed and sold thousands of physical copies in Brazil, won prestigious awards such as "Premio Multishow" and "Rayban NeverHide," and were nominated twice for the Latin Grammy's. Their hard work has landed great opportunities, such as being direct support to Green Day, and other notable American touring acts.
Highly recommended for anyone with an ear for melodic indie rock. Produced and nurtured in the heart of Southern Brazil, one should enjoy Nevilton responsibly as their effects are known to be highly contagious!
"Nevilton is a fresh blow at the young Brazilian music."
Pablo Miyazawa - Rolling Stone Brazil
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